Nós,  professores, carregamos conosco uma grande responsabilidade, posto que  lecionar, reger salas de aulas, requer, além de conhecimentos técnicos,  uma série de habilidades outras.
É,  então, uma profissão difícil, principalmente nos dias de hoje, num  contexto social sobrecarregado de intempéries, como a violência,  drogadição juvenil e demais mazelas filhotas da desigualdade social,  estas, por seu turno, originárias do Capitalismo.
Uma  educação pública de qualidade começa com a valorização efetiva do  professor, não só no aspecto remuneratório, mas, sobretudo, no  sociológico, além do que o Poder Público deve tomar providências para  reduzir as diferenças socioeconômicas do alunado e de sua família.
No  Brasil não existe professor da Educação Básica (do Ensino Fundamental  ao Ensino Médio) satisfeito com o que ganha, porque realmente percebe  pouco mensalmente, principalmente no Ceará, motivo pelo qual foi  deflagrada a greve na semana passada.  
Dificilmente encontramos um aluno filho de rico ou de classe média alta na educação pública básica.
Se  mostrássemos nossos extratos de pagamento, pelo que recebemos como  professor, causaria espanto a muita gente, dada a pequenez do salário.
Não  queremos ganhar uma dinheirama, queremos que apenas seja aplicada a  devida e necessária proporcionalidade pelo trabalho que realizamos. 
FERNANDO MACHADO ALBUQUERQUE
Professor do Ensino Médio
(Lotado na Escola de Ensino Médio Vilebado Aguiar em Coreaú-CE)
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