O compromisso com o piso nacional de salário dos professores da educação  básica foi um dos primeiros temas abordados pelo ministro da Educação,  Aloizio Mercadante, assim que recebeu o cargo de Fernando Haddad, nesta  terça-feira, 24, no auditório do MEC.
No discurso, ele informou que pretende iniciar um diálogo amplo para que  os estados e municípios assegurem a implantação do piso nacional, a  melhoria da remuneração e das condições de trabalho do magistério e das  carreiras da educação.
Outro tema que será objeto de atenção do ministro é o Programa Nacional  de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado em 2011.  Segundo Mercadante, o Pronatec dará novo impulso ao ensino técnico, à  qualificação profissional e abertura de oportunidades de emprego para os  jovens. “Esse será um dos mais importantes objetivos estratégicos de  minha gestão.”
No campo do ensino superior, ele destacou a expansão do Programa  Universidade para Todos (ProUni), que alcançou a marca de 1 milhão de  bolsas de estudos, e o programa Ciência sem Fronteiras, este lançado em  2011. O Ciência sem Fronteiras, disse o ministro, está distribuindo 100  mil bolsas de estudos de graduação, doutorado e pós-doutorado para que  os mais destacados brasileiros aperfeiçoem sua formação nas melhores  universidades do mundo.”O programa já é um sucesso”, disse.
Depois de fazer referência a progressos já alcançados na educação,  Aloizio Mercadante explicou que a qualidade do ensino nacional, quando  comparada a de países desenvolvidos, aparenta deficiências. “Há  estatísticas que ainda inquietam”, disse.
Entre os exemplos citados em seu discurso, o ministro lembrou que entre  os jovens de 16 anos de idade que fazem parte da população mais pobre,  apenas 40% deles concluíram o ensino fundamental; que entre os jovens de  18 anos, somente 37% terminaram o ensino médio. E mesmo reconhecendo  avanços recentes na educação superior aos mais pobres, especialmente  pelo ProUni, Mercadante observou que ela é acessível a cerca de 15% dos  jovens de 18 a 24 anos.
E diante dos desafios que esses índices colocam, o ministro anunciou que  é preciso fazer um grande pacto nacional pela educação. Um pacto,  segundo ele, que envolva as famílias, os empresários, a sociedade civil e  os governos municipais, estaduais e federal. “De fato, a educação  precisa se transformar numa espécie de saudável obsessão nacional, que  nos mobilize a todos.”
Em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), disse que seu  compromisso é de aprofundar os esforços para aprimorar a aplicação do  teste. Mercadante disse que é preciso reconhecer que há um tensionamento  em relação ao Enem, dado que o exame tornou-se classificatório e  eliminatório para milhares de jovens.
Mas, afirmou, é necessário preservar e consolidar esse mecanismo que, em  perspectiva, é muito mais adequado, democrático e republicano do que a  antiga proliferação de vestibulares. “Ele (o exame) é o grande  instrumento para a democratização do acesso ao ensino superior, mediante  o ProUni, o Fies e o Sisu. Ele é a vital porta de acesso que tende a  igualar a distribuição de oportunidades que o ensino superior dá aos  jovens.”
Para que o exame atenda plenamente seus objetivos, Mercadante disse que  pretende realizar uma consulta junto a reitores das instituições  federais de ensino superior, das instituições públicas estaduais e  municipais e aos profissionais do Instituto Nacional de Estudos e  Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia do MEC responsável pelo exame.  Nessas consultas, vai buscar soluções que melhorem a eficiência e  reforcem o caráter republicano do Enem.
Aloizio Mercadante também anunciou que pretende ampliar o programa Mais  Educação, que oferece educação integral a crianças das redes públicas e  realizar a Prova Nacional de Concurso para Ingresso na Carreira Docente,  exame de seleção para professores das redes públicas estaduais e  municipais, lançado em março de 2011.
Fonte: MEC
Assessoria de Comunicação - FETAMCE
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