O
Capitão-de-Mar-e-Guerra José Benoni
Valente Carneiro, filho do coreauense Coronel José Benoni Carneiro e neto
do casal coreauense José Carneiro de Albuquerque (Duda) e Maria das Graças
Fernandes Albuquerque (Dona Graça), tomou posse no Cargo de Comandante do Navio
Polar Almirante Maximiano, na cidade do Rio de
Janeiro, RJ, no dia 26 de abril
de 2013.
“GRUPAMENTO DE NAVIOS
HIDROCEANOGRÁFICOS”
“Assunção de Cargo - De
Comandante do Navio Polar “Almirante Maximiano”. Assume, hoje, o
Capitão-de-Mar-e-Guerra José Benoni Valente Carneiro.” 
Fonte: MARINHA DO BRASIL
- BOLETIM DE ORDENS E NOTÍCIAS - 26 DE ABRIL DE 2013. Disponível em http://www.mar.mil.br/bono/2013/abril/bn_26042013.pdf
-
Acesso
em 30/04/2013.
 A seguir, o discurso de posse:
“PALAVRAS INICIAIS
                              
      Que
 graça teria a vida sem desafios. São eles que nos promovem o entusiasmo
 diário para, ao levantarmos, entendermos o sentido do “bem viver” e 
buscarmos sempre o “algo a mais”. A Marinha do Brasil me reservou o 
maior da minha carreira naval a partir dessa data.
      A responsabilidade de assumir o
 Comando do Navio Polar Almirante Maximiano, conduzindo homens e 
mulheres por mares bravios e gelados, com ondas de até 10 m, ventos de 
até 200 km/h, e em grandes períodos de isolamento; de apoiar o Programa 
Antártico Brasileiro, em um momento importante de recuperação, com a 
necessidade manter as pesquisas desenvolvidas pela comunidade científica
 brasileira e, assim, “ter voz” no Sistema do Tratado Antártico; de 
levar a Bandeira do Brasil e ser efetivamente um embaixador do País no 
continente Antártico; é, sem dúvidas, um grande desafio que me leva ao 
ímpeto do início da minha vida profissional.
     Somente aqueles que já 
estiveram na Antártica têm a noção das grandes adversidades existentes. 
Portanto, tenho uma enorme admiração pelos desbravadores do início do 
Programa Antártico Brasileiro e, mais recentemente, por aqueles que, 
desafiando aos descréditos, permitiram hastear novamente a nossa 
bandeira na Estação Antártica Comandante Ferraz. O trabalho extremo, a 
superação e a tenacidade destes homens são exemplos que devem ser 
seguidos pelos marinheiros das águas geladas do “Tio Max”.
     A tripulação do “Tio Max” é 
composta pelo que há de melhor em recursos humanos na Marinha do Brasil.
 Sinto-me envaidecido e privilegiado em fazer parte dela.
     Por isso, sou grato ao 
Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra JULIO SOARES DE MOURA NETO,
 pela confiança em mim depositada ao me nomear para tão honroso cargo.
     Agradeço ao 
Capitão-de-Mar-e-Guerra MARCELO LUIS SEABRA PINTO, Comandante do 
Grupamento de Navios Hidroceanográficos, por presidir esta cerimônia e 
pelo exemplo de carreira.
     Agradeço às autoridades civis e
 militares, aos companheiros da Turma Almirante Protógenes, aos meus 
eternos e queridos amigos do Rio de Janeiro, de Brasília, de São Paulo e
 aos integrantes da comunidade científica brasileira aqui presentes pelo
 brilho que emprestam a esta cerimônia. É uma honra poder compartilhar 
com os senhores a alegria deste momento.
     Caro Comandante Pinto Homem, 
incontáveis são as passagens que o fazem ser um profissional de 
reconhecida competência entre seus pares. Todos lembram a rapidez em 
suspender naquele fatídico dia e na presteza do apoio à Estação 
Comandante Ferraz. Todos reconhecem os 110% de atendimento às 
necessidades da comunidade científica na OPERANTAR XXXI. O Sr. é o 
responsável, juntamente com sua tripulação, por levar o “Tio Max” a um 
nível de excelência reconhecido pelos demais países que operam na 
Antártica, pela comunidade científica, pela Marinha do Brasil e, por que
 não dizer, pelo povo brasileiro. Agradeço toda atenção dispensada a 
minha pessoa. Levarei como exemplo o seu cuidado e profissionalismo com 
as quais me transmitiu o cargo. Não esquecerei as três palavras 
Antárticas: Paciência, Observação e Oportunidade; e que não existe nada 
“simples” ou que é “somente fazer”. Desejo-te sucesso, bons ventos e 
mares tranquilos no comando do GNHo, e, de acordo com o cumprimento 
vulcano, vida longa e próspera.
     Como já lido em outras 
oportunidades, agradeço aos meus pais e irmãos a pessoa que sou hoje. 
Eles são os melhores exemplos que alguém de boa índole pode ter. Meu 
caráter é exclusivamente devido à educação recebida em minha casa. Sei 
que não existe amor maior e que seus conselhos visam sempre o meu bem 
estar.
     À minha sogra, cunhados e 
sobrinhos, sempre presentes em momentos importantes da minha vida, 
agradeço todo carinho e amor sincero. Obrigado por todo apoio em mais de
 vinte e cinco anos de convívio.
     Criar e educar filhos pequenos 
trabalhando fora, em muitos momentos sozinha, com muito carinho e amor, 
sem perder o brilho, sempre bonita e com bom humor. Assim é minha 
mulher. A minha disposição para à Marinha depende dela. Ela é a 
verdadeira merecedora de todos os elogios. É com ela que divido minhas 
angustias e saboreio minhas vitórias. É ela, juntamente com meus filhos,
 que me dão vontade de voltar para meu “porto seguro”. Por eles que me 
dedico para ser uma pessoa melhor. Não tenho palavras para expressar os 
meus sentimentos pela distância deles. Espero que meus filhos, após a 
inocência da infância, entendam a razão da minha ausência.
     Finalmente, à tripulação do Tio
 Max, rogo a observância do legado de todos brasileiros que, inclusive 
com o sacrifício da própria vida, construíram e mantém o Programa 
Antártico. Sempre estarei à disposição para que juntos possamos buscar 
nas Operantar XXXII e XXXIII, o que as nossas famílias, a comunidade 
científica brasileira, à Marinha do Brasil e o povo brasileiro esperam –
 CADÊNCIA MÁXIMA.
 JOSÉ BENONI VALENTE CARNEIRO
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Comandante”
Centro da Memória de Coreaú – CEMECO, 30/04/2013.

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