Professores e demais servidores da Educação de Caucaia, na Região 
Metropolitana de Fortaleza, iniciaram uma greve geral nesta terça-feira 
(23). A paralisação, que reuniu mais de 1,8 mil pessoas, começou com ato
 público Praça do Espaço Cultural do município. Os profissionais 
fecharam por mais de 40 minutos a BR 222 e depois seguiram em passeata. 
 Os trabalhadores reivindicam um aumento salarial de 11,36% para os 
professores e servidores da Educação, reajuste dos auxílios refeição e 
transporte, e a ampliação da ajuda de transporte para os demais 
empregados. Diante da intransigência da prefeitura diante da pauta de 
reivindicações da Campanha Salarial 2016, a greve foi aprovada em 
assembleia geral dos servidores, realizada na última quarta-feira (17). 
 Os funcionários públicos também pleiteam o pagamento da licença prêmio 
convertida em pecúnia, do abono de 2015 e das progressões.Todas essas 
pautas haviam sido negociadas com a prefeitura ainda em 2015 e deveriam 
ter sido pagas em janeiro deste ano. Porém, a gestão simplesmente 
esqueceu das promessas, que chegaram a ser referendadas por leis 
aprovadas na Câmara Municipal de Caucaia.
 Mobilização e solidariedade
 O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep) 
percorreu todas as rotas em que se divide a rede de educação do 
município e realizou paralisação no Centro da cidade. As mobilizações 
contaram com a adesão em massa não só da categoria, com também de 
estudantes, pais de alunos, parlamentares, autoridades e demais 
cidadãos, que se solidarizaram com a luta dos servidores do município.
 E as mobilizações continuam nesta primeira semana de greve, com a 
realização de atos públicos hoje (24) pela manhã, em frente ao gabinete 
do prefeito Washington Gois; amanhã (25), às 8 horas, na Câmara 
Municipal; e na sexta-feira (26), no mesmo horário, na Praça da Matriz.
 Prefeitura quer achatar salários
 Na última sexta-feira (19), a prefeitura ofereceu 7,05% de reajuste 
para o magistério, aplicado em maio e retroativo a janeiro, além de 5,4%
 para os outros funcionários da educação, válido a partir de junho. 
 A categoria recusou a proposta, denunciou que o índice oferecido não 
cobria nem sequer a inflação acumulada de 2015 (10,67%) - o que 
significa achatamento salarial -, e decidiu parar as atividades para 
pressionar a prefeitura de Caucaia a cumprir a Lei do Piso Nacional do 
Magistério, entre outras reivindicações da Campanha Salarial 2016.
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