Ministérios
Públicos do Estado (MP-CE) e Federal (MPF-CE) recomendaram ontem que a
Prefeitura de Fortaleza destine apenas para a Educação verba de R$ 289
milhões repassada em dezembro pela União. A verba é fruto de precatório
do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
de Valorização do Magistério (Fundef). A polêmica ocorre pois, pela visão de Roberto Cláudio, o recurso compensa “gastos próprios” da gestão, não sendo considerado portanto “dinheiro do Fundef”. A gestão destaca existência de decisões judiciais que aceitam o uso de verbas semelhantes em outras áreas. Já professores cobram que o recurso seja destinado conforme as regras do fundo, que diz que pelo menos 60% da quantia deve ser destinada a remuneração do magistério. Para o procurador da República Alessander Sales e o procurador-geral de Justiça Plácido Rios, “o simples fato de se tratar de indenização não faz com que o montante possa ser gasto livremente”. RC, no entanto, tem dado entrevistas onde admite utilizar o recurso para obras na Saúde. Ações sindicais acabaram por bloquear a verba até que haja definição, na Justiça, do que deverá ser feita com ela. Segundo apurou o jornal O Povo, no total, 45 municípios receberam a recomendação dos procuradores. Para entender Municípios recebem R$ 717 mi A Fetamce e a Confetam apuraram em release enviado ao O Povo e fruto de reportagem publicada no dia nove de janeiro deste ano, que a verba indenizatória não foi apenas para Fortaleza. Outros municípios também receberam o repasse, embora em atraso, do Governo Federal. Cada caso foi tratado conforme a liderança local. Em alguns municípios, os professores receberam parte do recurso que estavam em atraso há uma década. Em outros, o valor foi negociado entre a categoria e outros investimentos na área. Somando os valores que cada cidade com calculo do precatório concluído, o montante já alcançava em janeiro R$ 717 milhões. Saiba mais Procuradores recomendam que os recursos devem ser usados conforme a lei determina o emprego de verbas do Fundeb: 60% do recurso deve ser repassado para a remuneração dos profissionais do Magistério. Já os 40% restantes deveriam ser aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental municipal. Os MPs estabeleceram prazo de 10 dias para a adequação da gestão. Como as ações foram expedidas em caráter de “recomendação”, a Prefeitura não tem obrigação de atender as medidas. Ela fica, entretanto, sujeita a medidas judiciais caso os MPs identifiquem irregularidades posteriores no processo. Foto: Audiência Pública sobre o Fundef - Câmara Municipal de Fortaleza |
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Fonte: Com informações do Jornal O Povo |
segunda-feira, 14 de março de 2016
MPE e MPF recomendam que 100% de verba extra do Fundef vá para Educação
60 cidades do Ceará reajustaram salários dos professores em 11,36% ou mais
De acordo com levantamento, dos 62 municípios com aumento dos educadores negociado, 60 alcançaram o índice demandado pela Lei
Levantamento
realizado pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal
do Estado do Ceará (Fetamce) junto aos sindicatos de servidores
filiados constata que chegou a 60 o número de cidades no Ceará que já
reajustaram o salário dos professores em pelo menos 11,36%, conforme a
Lei Nacional do Piso do Magistério.
Somente Pacatuba e Maracanaú ofereceram um pouco menos, sendo aplicado
aumento de 11% na primeira e 10% no segunda localidade, o que totaliza
62 cidades com o benefício do magistério já encaminhado.
Em 60 dos 62 municípios que enviaram informações à Federação, o índice
de reposição foi aplicado de forma linear, ou seja, contemplando
igualmente educadores com ensino médio, graduação, especialização,
mestrado e doutorado. Iracema e Mucambo foram as cidades que ofereceram o
percentual somente para o nível médio, causando prejuízos aos
trabalhadores das demais referências.
Neste universo, destaque para Guaraciaba do Norte, onde os
pós-graduados receberam 25% de reajuste; Guaramiranga, com 13,43%,
Granja, cujo percentual concedido foi de 13,06%, e Itaitinga e
Reriutaba, onde todos os professores conquistaram 12%.
Greve
Mas há cidades em que as negociações permanecem complicadas, como
Caucaia e Canindé, onde os educadores entraram em greve em busca dos
11,36%. Segundo Enedina Soares, presidente da Fetamce, o não cumprimento
da Lei do Magistério em Caucaia, que têm fontes próprias de recursos e
não sobrevive unicamente das transferências do Governo Federal, chega a
ser um absurdo.
“Todos estes dados provam que há condições dos prefeitos do Ceará
cumprirem o direito dos professores municipais a reajuste conforme a Lei
e com efeito na carreira. Os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação) continuam crescendo e nós não admitiremos discurso de crise
onde ela não chegou”, enfatiza a presidente da Federação.
Pesquisa
A Fetamce realiza mensalmente o acompanhamento das negociações de novos
direitos dos servidores que ocorrem nas cidades do Ceará. Anualmente, a
Federação publica o relatório “Memórias das Lutas”, um anuário das
conquistas dos servidores municipais sistematizadas a cada ano.
A entidade esclarece que tal pesquisa é feita com base nos dados
enviados pelos sindicatos filiados e que representantes de localidades
que não foram citadas podem enviar informações sobre reajuste salarial
para o e-mail: comunicacao@fetamce.org.br.
Cidades e o índice de reajuste conseguido:
REAJUSTE PROFESSORES
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CIDADE |
ÍNDICE
|
NÍVEIS |
COMPLENTO |
ACARAPE |
11,36%
|
LINEAR |
|
ACARAÚ |
11,36%
|
LINEAR |
Implementação de 1/3 da carga horária para estudo |
ACOPIARA |
11,36%
|
LINEAR |
|
AMONTADA |
11,36%
|
LINEAR |
|
ANTONINA DO NORTE |
11,36%
|
LINEAR |
|
APUIARÉS |
11,36%
|
LINEAR |
|
AURORA |
11,36%
|
LINEAR |
|
BANABUIÚ |
11,36%
|
LINEAR |
|
BARREIRA |
11,36%
|
LINEAR |
Mas o reajuste é só a partir de maio, pois metade será incorporado
ao salário em abril (5,68%) e os outros 50% (5,68%) em maio. Além disso,
em março progressão de 2,5%. |
BATURITÉ |
11,36%
|
LINEAR |
|
BELA CRUZ |
11,36%
|
LINEAR |
|
CAMOCIM |
11,36%
|
LINEAR |
|
CATUNDA |
11,36%
|
LINEAR |
|
CHAVAL |
11,36%
|
LINEAR |
|
CHORÓ |
11,36%
|
LINEAR |
|
CHOROZINHO |
11,36%
|
LINEAR |
|
CRATO |
11,36%
|
LINEAR |
|
CRUZ |
11,36%
|
LINEAR |
|
EUSÉBIO |
11,36%
|
LINEAR |
|
GRANJA |
13,06%
|
LINEAR |
Aprovado na câmara |
GUAIUBA |
11,36%
|
LINEAR |
|
GUARACIABA DO NORTE |
11,36% - MÉDIO E PEDAGÓGICO
15% - GRADUADO 26% - PÓS-GRADUAÇÃO (COMO ESPECIALIZAÇÃO E MESTRADO) |
-
|
|
GUARAMIRANGA |
13,43%
|
LINEAR |
|
HIDROLÂNDIA |
11,36%
|
LINEAR |
|
IBICUITINGA |
11,36%
|
LINEAR |
|
ICAPUÍ |
11,36%
|
LINEAR |
|
INDEPENDÊNCIA |
11,36%
|
LINEAR |
|
IPAUMIRIM |
11,36%
|
LINEAR |
|
IRACEMA |
11,36%
|
MÉDIO |
Demais níveis sem reajuste |
IRAUÇUBA |
11,36%
|
LINEAR |
|
ITAITINGA |
12%
|
LINEAR |
|
ITAPIPOCA |
11,36%
|
LINEAR |
|
ITAREMA |
11,36%
|
LINEAR |
|
JAGUARIBE |
11,36%
|
LINEAR |
|
JARDIM |
11,36%
|
LINEAR |
|
JIJOCA |
11,36%
|
LINEAR |
Retroativo a janeiro |
JUCÁS |
11,36%
|
LINEAR |
|
LAVRAS DA MANGABEIRA |
11,36%
|
LINEAR |
|
MADALENA |
11,36%
|
LINEAR |
|
MARACANAÚ |
10%
|
LINEAR |
Sendo 5% em abril, sem efeito retroativo, e mais 5% em junho |
MERUOCA |
11,36%
|
LINEAR |
|
MIRAÍMA |
11,36%
|
LINEAR |
|
MISSÃO VELHA |
11,36%
|
LINEAR |
|
MUCAMBO |
11,36%
|
MÉDIO |
|
OCARA |
11,36%
|
LINEAR |
|
ORÓS |
11,28%
|
LINEAR |
|
PACATUBA |
11,00%
|
LINEAR |
|
PARAMBU |
13%
|
LINEAR |
|
QUITERIANÓPOLIS |
11,36%
|
LINEAR |
|
QUIXADÁ |
11,36%
|
LINEAR |
|
REDENÇÃO |
11,36%
|
LINEAR |
|
RERIUTABA |
12%
|
LINEAR |
|
SABOEIRO |
11,36%
|
LINEAR |
|
SANTANA DO ACARAÚ |
11,36%
|
LINEAR |
|
SÃO GONÇALO DO AMARANTE |
11,36%
|
LINEAR |
|
SENADOR POMPEU |
11,36%
|
LINEAR |
|
TABULEIRO DO NORTE |
11,36%
|
LINEAR |
|
TAMBORIL |
11,36%
|
LINEAR |
|
TIANGUÁ |
11,36%
|
LINEAR |
Compromisso de ratear 60% de precatório do Fundef entre os professores |
URUBURETAMA |
11,36%
|
LINEAR |
|
VARJOTA |
11,36%
|
LINEAR |
|
VÁRZEA ALEGRE |
11,36%
|
LINEAR |
|
Saiba mais
A Fetamce é uma instituição estadual, formada a partir da união de
sindicatos de servidores municipais e de professores. Hoje, a entidade
conta com 146 organizações sindicais filiadas e está presente em 156
municípios do Ceará. Acompanhe a Federação através do site: www.fetamce.org.br.
Prefeitura de Acarape amplia ilegalmente jornada de trabalho dos professores
Os
professores e demais servidores da Educação do município de Acarape
estão trabalhando cinco horas a mais toda semana. O aumento da carga
horária dos profissionais é fruto de uma decisão ilegal da Prefeitura,
tomada este ano, que fere tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), quanto à Lei do Piso Nacional do Magistério. Ambas preveem uma
jornada semanal de 40 horas, sendo oito diárias.
"A Secretaria de Educação resolveu mudar a jornada dos profissionais,
ampliando em 25 horas no total", denuncia a diretora do Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais de Barreira e Acarape (Sinsemba), Carmem
Santiago, secretária de Relações do Trabalho da Confederação dos
Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam).
Carmem explica que a Prefeitura resolveu ampliar a jornada, para além
das 8 horas diárias, aumentando uma hora de trabalho todo dia, sendo
meia hora pela manhã e mais 30 minutos à tarde. "No final da semana, os
professores vão ter uma jornada de trabalho de cinco horas a mais.
Juntando tudo, a carga horária deixa de ser 40 horas e passa para 45
horas semanais, infringindo completamente a LDB, a Lei do Piso e toda a
legislação que regulamenta a carga horária dos profissionais do
magistério", critica.
Prefeitura nega ilegalidade
A diretora do Sinemba conta que a entidade procurou a Secretaria de
Educação para resolver o problema, mas como os gestores alegaram não ter
agenda para receber os professores, a direção mandou um ofício. "Eles
responderam ao ofício, enviado no início de fevereiro, dizendo que não
reconheciam qualquer prejuízo causado aos trabalhadores, insistindo que a
Prefeitura manteria a jornada de nove horas diárias e que,
posteriormente, iriam abrir uma agenda para dialogar com o sindicato, o
que não aconteceu ainda", reclama.
Carmem Santiago informa que está sendo elaborado um documento em apoio
aos trabalhadores e uma Carta Aberta à Comunidade denunciando ao povo de
Acarape as ilegalidades cometidas pela Prefeitura do Município contra
os profissionais da Educação. "Infelizmente é um retrocesso na Educação.
Acarape é o único município do meu conhecimento em que os professores
trabalham uma hora a mais todos os dias", lamentou a diretora do
Sinsemba. Carmem afirmou ainda que a direção do Sindicato está
convocando uma assembleia e mobilizando a categoria para discutir uma
saída para o impasse.
Fonte: FETAMCE
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