terça-feira, 28 de julho de 2009

RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Crianças com gripe não devem ir para a escola.
As aulas estão para começar e também o risco de novos casos da gripe suína.
Escolas serão orientadas sobre a doença.Está marcada para o próximo dia 3 de agosto a volta às aulas tanto na rede pública como na particular de ensino. E, com ela, a preocupação com o aumento do número de casos de Influenza A (H1N1). Para evitar a transmissão da doença, o Ministério da Saúde divulgou nota, ontem, recomendando que “todos os alunos com sintomas de gripe evitem retornar às aulas até estarem totalmente recuperados. Esses estudantes devem ser acompanhados por um médico”.

A orientação, definida em parceria com o Ministério da Educação (MEC), é reforçada pelo infectologista e diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz. “As crianças gripadas, principalmente as pequenas, não devem ir para a aula, senão vão contaminar vários coleguinhas da escola”, alerta o médico. Como a gripe se transmite facilmente, Queiroz diz que não é correto os pais mandarem o filho para a escola se estiver tossindo e/ou com o nariz escorrendo. “Se os pais mantiverem a criança em casa, nos primeiros dias, isso ajudará bastante”, garante.

Os cuidados devem ser redobrados na volta às aulas. Ainda mais agora que subiu de 25 para 31 o número de casos confirmados da nova gripe no Ceará. Diante do avanço da doença no Estado, órgãos públicos e instituições privadas ligados à educação preparam estratégias de combate à doença.

Mas a mobilização não está se dando com a mesma intensidade em todos os campos. Enquanto a Secretaria da Educação do Estado (Seduc) prepara comunicado para orientar escolas de todo o Ceará, a Secretaria Municipal de Educação (SME) ainda não conta com ações práticas efetivas. A Seduc, por exemplo, deve enviar esta semana um comunicado às 20 coordenadorias regionais (Credes) e à superintendência da Secretaria em Fortaleza com as recomendações da Secretaria da Saúde do Estado.

“Com as orientações, os Credes se encarregam de chamar os diretores e os gestores escolares para conversar. A idéia é que cada escola tenha autonomia suficiente para explorar o assunto de acordo com a realidade local”, explica Ana Garcia, orientadora da Célula de Gestão Escolar da Seduc.

Manoel Fonseca, presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A (H1N1), garante que esta semana mesmo a Sesa deve reservar um espaço com orientações específicas às escolas, como, por exemplo, que os alunos não troquem alimentos entre si. “Pede-se também que aqueles alunos que viajaram para as regiões Sul e Sudeste do País ou para outros locais com grande número de casos da doença fiquem em casa, pelo menos, nos primeiros três dias”, explica.

A SME, segundo sua assessoria de imprensa, não deve trabalhar ações efetivas referentes a essa temática. Por enquanto, nem mesmo parcerias com a SMS. Alex Mont’Alverne, titular dessa pasta, explica a razão: “Não existe em Fortaleza transmissão comunitária, ou seja, o vírus não está circulando. Os casos diagnosticados são de pessoas que viajaram ou tiveram vínculo com quem viajou para locais endêmicos”.

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