Pouco mais de um quarto dos municípios
brasileiros, 1.441, não iniciaram o trabalho de adequação ou elaboração do
Plano Municipal de Educação (PME). O prazo para que isso seja feito é o mês de
julho. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). No Brasil,
apenas 37 municípios cumpriram todas as fases até a sanção da lei.
Os planos municipais estão previstos no Plano
Nacional de Educação (PNE) sancionado no ano passado. O PNE prevê metas
da educação básica até a pós-graduação para serem atingidas nos próximos
dez anos. Para que isso seja feito, a lei estipula que estados e
municípios elaborem os próprios planos para que as metas sejam
monitoradas e cumpridas localmente.
Os dados divulgados no portal do MEC estão
disponíveis na página Planejando a Próxima Década: Construindo os Planos de
Educação, que tem por objetivo ajudar os gestores na elaboração dos
planos, além de monitorar essa elaboração. Dentre os municípios ainda sem
comissão coordenadora instituída, para iniciar o debate do plano, estão cinco
capitais: Salvador, Natal, Recife, Aracaju e Belo Horizonte.
Entre os 5.570 municípios, além dos planos
sancionados e das cidades que ainda não começaram o trabalho, 35
aprovaram leis; 37 enviaram o projeto de lei à Câmara de Vereadores; 37
elaboraram o projeto; 95 fizeram consultas públicas; 247 fizeram o
documento-base; 689 concluíram o diagnóstico; e 2.843 constituíram comissão
coordenadora. E 109 municípios ainda não prestaram informações ao
Portal do PNE.
Todos os estados iniciaram o processo de
elaboração do plano e três sancionaram a lei: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul
e Maranhão. O Distrito Federal e o Rio Grande do Sul enviaram os projetos para
o Legislativo.
O MEC reforça que os planos são determinantes
para estados e municípios: se, por exemplo, o ministério vai definir a
expansão de uma universidade ou instituto federal, ele precisa saber quais são
as demandas de ensino superior ou técnico dos municípios de uma determinada
região. Segundo o ministério, é nisso que o planejamento vai ajudar, tem que
estar previsto, escrito.
O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo
Direito à Educação, Daniel Cara, diz que, além da preocupação com a aprovação
dos planos, estados e municípios devem se preocupar em envolver a comunidade
no trabalho. "Se for um plano meramente burocrático, ele não será
implementado e, sem a participação da comunidade na elaboração, não haverá cobrança."
Fonte:
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário