quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

PREVISÃO DA FUNCEME

Fevereiro está 78,9% abaixo da média histórica e indica que os meses de março, abril e maio serão de pouca chuva no Ceará.
O prognóstico para os meses de março, abril e maio será de chuva abaixo da média no Estado, conforme anunciou ontem o gerente do Departamento de Meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), David Ferran. Isso significa que a pluviometria ficará abaixo da média histórica para o período, que é de 496,7 milímetros, devendo ficar até 398,8mm. Segundo a Funceme, as oito macrorregiões sofrerão com a redução de chuvas, principalmente, devido à influência do fenômeno El Niño.

O prognóstico é resultado da Reunião de Avaliação Climática para o Nordeste, que aconteceu em Natal (RN), nos dias 18 e 19, com participação de técnicos dos centros meteorológicos do Nordeste, além do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Tendo como base as precipitações de janeiro e fevereiro (até ontem), quase todas as macrorregiões do Estado ficaram abaixo da média. Um comparativo mostra que em janeiro de 2009 a chuva registrada atingiu o volume de 115,5mm, enquanto que este ano foi de apenas 97,6mm. Mas, até o momento, o pior registro é no mês de fevereiro, quando o volume de precipitações surpreendeu: enquanto que 2009 foram registrados 124,9mm, no mesmo mês deste ano foi de apenas 26,1mm, ocasionando uma redução de 78,9% em relação à média histórica. Neste mês, a macrorregião que mais registrou precipitação foi o Litoral de Fortaleza, com 38,5mm, já as demais ficaram com volumes entre 18,2mm e 33 milímetros.

Considerando os baixos volumes registrados em fevereiro e as condições climáticas e influência do El Niño nos oceanos Pacífico e Atlântico, a previsão da Funceme se confirma: pouca chuva no Estado.

Porém, a Funceme ressalva que chuvas mais fortes não estão descartadas, podendo ocorrer em algumas regiões do Estado. O gráfico acima delimita os índices pluviométricos de acordo com cada macrorregião do Estado e aponta quais os anos considerados mais e menos chuvosos para cada uma delas comparando com o mesmo período dos últimos 30 anos no Estado.

Conforme a previsão da Funceme, abaixo da média significa que o volume de água atingirá a marca de até 398,8mm. Passando desse índice até 594,1mm, será classificada como normal. Caso chova a partir de 595mm, será considerada acima da média, sendo que a maior chuva no Estado aconteceu em 1974, com volume de 1018,1mm.

De acordo com o gráfico, as maiores chuvas registradas no Estado aconteceu em 1974, com volumes entre 904,2mm, na região Sertão Central e Inhamuns; e 1.323,8mm no Litoral Norte. Enquanto isso, os piores volumes registrados no Ceará aconteceram em 1958 e 1993.

No Sertão Central e Inhamuns, por exemplo, a menor chuva registrada foi de 149,5mm em 1958. Na região da Ibiapaba, foram 190,4mm em 1983. No Cariri, a menor chuva foi de 204,5mm em 1983 e a maior em 1985, com 813,2mm.

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