quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Greve no porto deixa navios ao largo em Fortaleza


“Trigo, combustíveis, caixas de papelão e outros tipos de cargas impedidas de desembarcar no Porto do Mucuripe. A descrição é referente a dezessete navios que ficaram parados esperando para atracar ontem no Porto, como informa o servidor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e militante do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação no Ceará (Sinagências), Raimundo Cunha Filho.
De acordo com ele, a fila de navios é reflexo da greve dos fiscais da Anvisa, que no momento trabalham com 30% do efetivo e “atendendo apenas a mandados de segurança para liberar mercadorias e atracar navios”.
A categoria está parada no Ceará desde o último dia 16 de julho, engrossando o movimento nacional de greves dos servidores federais. O Sinagências, contudo, não tem estimativas do prejuízo causado pela demora no desembarque das cargas.
Para Cunha Filho, a situação tende a piorar com a paralisação dos policiais federais, que iniciaram a greve ontem. Auditores da Receita Federal também seguem em estado de greve, com carga de trabalho reduzida e em operação-padrão, na qual as liberações seguem trâmites muito mais lentos, segundo a assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil no Ceará (Sindifisco-Ceará). O que não exclui nem mesmo remédios e produtos perecíveis.
Outros motivos
A greve, porém, não é a única razão para tanta espera, como alega a Secretaria Nacional dos Portos. Pelo contrário. Segundo o ministro Leônidas Cristino afirmou por meio de nota, “não há nada parado em função da greve e não há carga retida em Fortaleza”.
À frente da fila dos navios, três embarcações da Marinha ocupavam dois berços do Porto do Mucuripe. Dois da Marinha da Venezuela e um do Brasil, que segundo a legislação, têm prioridade na atração.”
(O POVO)

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