“Trigo, combustíveis, caixas de papelão e outros tipos de cargas
impedidas de desembarcar no Porto do Mucuripe. A descrição é referente a
dezessete navios que ficaram parados esperando para atracar ontem no
Porto, como informa o servidor da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e militante do Sindicato Nacional dos Servidores das
Agências Nacionais de Regulação no Ceará (Sinagências), Raimundo Cunha
Filho.
De acordo com ele, a fila de navios é reflexo da greve dos fiscais da
Anvisa, que no momento trabalham com 30% do efetivo e “atendendo apenas
a mandados de segurança para liberar mercadorias e atracar navios”.
A categoria está parada no Ceará desde o último dia 16 de julho,
engrossando o movimento nacional de greves dos servidores federais. O
Sinagências, contudo, não tem estimativas do prejuízo causado pela
demora no desembarque das cargas.
Para Cunha Filho, a situação tende a piorar com a paralisação dos
policiais federais, que iniciaram a greve ontem. Auditores da Receita
Federal também seguem em estado de greve, com carga de trabalho reduzida
e em operação-padrão, na qual as liberações seguem trâmites muito mais
lentos, segundo a assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil no Ceará
(Sindifisco-Ceará). O que não exclui nem mesmo remédios e produtos
perecíveis.
Outros motivos
A greve, porém, não é a única razão para tanta espera, como alega a
Secretaria Nacional dos Portos. Pelo contrário. Segundo o ministro
Leônidas Cristino afirmou por meio de nota, “não há nada parado em
função da greve e não há carga retida em Fortaleza”.
À frente da fila dos navios, três embarcações da Marinha ocupavam
dois berços do Porto do Mucuripe. Dois da Marinha da Venezuela e um do
Brasil, que segundo a legislação, têm prioridade na atração.”
(O POVO)
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