terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PIADAS E MAIS PIADAS, E OS PALHAÇOS SOMOS NÓS

Piada sem graça que vi recentemente em blogs coreauenses foi a da substituição do nome do trecho de rodovia que liga Coreaú à Arapá. Um simples capricho de amigos do governador.

Parto disso para reafirmar que Coreaú historicamente esteve e está refém dos mandos e desmandos de oligarquias e é uma aberração o que isso representa em termos de atraso. Direta e indiretamente, eleição após eleição, a influência desses patrões é determinante. Trocamos as caras, mas o esquema segue igual, e a massa de manobra é a população, por ignorância, por individualismo e, mesmo, por boçalidade de alguns.
Percebamos a ilusão que insistem em impor sobre nós.

Na eleição passada, como de costume, criou-se um clima tenso entre os coreauenses, baseado numa dicotomia: de um lado a situação, apoiado pelo prefeito em exercício, e do outro a oposição. A isso se segue a zombaria, o desrespeito, as intrigas, injúrias e mentiras que o período de campanha acarreta – e que ainda agora se vê rotineiramente. Quem não se lembra do absurdo de molecagem, zoada, vandalismo generalizado que aparece em Coreaú, no que deveria ser o período de festa da democracia?!

Mas, vejamos os interesses destes mesmos, se são tão diferentes e suas influências políticas também.

Reclama-se tanto do desvio de verba dos cofres públicos, do estado de miserabilidade em que se encontra nosso município, obrigando muitos a deixarem nossa terra atrás de oportunidades. Isso tem uma origem. Já na eleição todo mundo vê e enxurrada de dinheiro investido em compra de votos. Quem não comprou votos?! Acreditas em conto de fadas...

No fundo, o que ganha eleição, para um ou outro, não são as propostas, não é se um candidato é mais comprometido que o outro, mas coisas extremamente importantes para Coreaú, como o tamanho do carro de som do candidato, o tanto de dinheiro que ele tem pra empurrar no povo em época de campanha, a quantidade de babões (doidos pra mamar na prefeitura) pra serem cabos eleitorais, e coisas desse tipo.

Ano que vem vai ser do mesmo jeito. Mais uma dicotomia inventada que vão querer que a gente engula calados. Caprichos e mais caprichos, muito mais sérios do que o apresentado no início deste texto, se seguirão. O que nós vamos fazer? Assistir de braços cruzados? Participar da algazarra? Ou vamos fazer algo que seja realmente eficaz e justo?

Minha gente, vamos reclamar cobrar melhoria nessa cidade, mas vamos também criar vergonha na cara. Ano que vem se existe uma campanha que a gente tem que fazer não é contra candidato x ou y ou z, é contra a droga de esquema de corrupção que mantém esse poder de desordem e de desrespeito imperando na nossa cidade.

Benedito Gomes Rodrigues
Acadêmico de Psicologia

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