A grande maioria dos matadouros públicos do Estado do Ceará funciona de
forma precária, sem atender às normas da vigilância sanitária e de
proteção ao meio ambiente. Essa é uma constatação do Conselho Regional
de Medicina Veterinária (CRMV) que se repete nas últimas décadas. Para
resolver esse problema, o órgão propõe ao Governo do Estado a construção
de abatedouros regionais, em forma de consórcio entre os Municípios. A
ideia tem por objetivo a economia de recursos e a oferta de um serviço
adequado dentro das normas de saúde pública, de vigilância sanitária e
do meio ambiente a partir da centralização em uma cidade polo do abate
de animais.
O CRMV constatou, por meio de fiscalização periódica, que 90% dos matadouros públicos no Ceará funcionam de forma inadequada. Geralmente, o órgão atua em solicitação do Ministério Público Estadual ou por denúncia de moradores. "A situação é preocupante", disse o presidente do conselho, José Maria dos Santos Filho. "Os problemas se repetem nos matadouros que muitas vezes são apenas restaurados", completou.
O CRMV constatou, por meio de fiscalização periódica, que 90% dos matadouros públicos no Ceará funcionam de forma inadequada. Geralmente, o órgão atua em solicitação do Ministério Público Estadual ou por denúncia de moradores. "A situação é preocupante", disse o presidente do conselho, José Maria dos Santos Filho. "Os problemas se repetem nos matadouros que muitas vezes são apenas restaurados", completou.
Interdição
José Filho observa que essa postura política não é viável. "Não adianta pulverizar os recursos e querer atender a cada prefeito", observou. "A maioria das cidades é pequena e o número de animais abatidos é reduzido, inviabilizando a sustentabilidade econômica". Mediante essa realizada, José Filho defende a construção de abatedouros regionais. "Essa é a saída que nós acreditamos ser viável e iria resolver o problema dos matadouros no Interior".
Há cerca de três anos, o CRMV discutiu essa proposta em um seminário e a encaminhou ao Governo do Estado. "O governo chegou a sinalizar com essa intenção", observou José Filho. "Na Bahia e no Rio de Janeiro os matadouros são regionais". Na avaliação do presidente do CRMV, a postura dos prefeitos em querer um matadouro em suas cidades para atender aos correligionários políticos, criadores de animais, dificulta a implantação da proposta. "Infelizmente, a politicagem atrapalha e os gestores não vêm o problema da saúde pública, que é mais importante, mas querem atender os eleitores", alerta.
Diário do Nordeste
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