quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ELEIÇÃO 2010 - Ciro diz que prefere ser presidente

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou ontem que, durante reunião na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a ele que prefere uma eleição presidencial "plebiscitária", polarizada entre o PT e o PSDB.

Segundo essa posição, Ciro seria o candidato apoiado pelo PT ao governo de São Paulo. "Mas eu prefiro ser candidato a presidente, por isso estamos conversando", disse Ciro.

"Essa conversa há. A última rodada aconteceu em Brasília, o presidente Lula nos recebeu para jantar na semana passada. Nós chegamos às 9h da noite e saímos quase 2h da manhã. Examinamos todas as nuances do processo nacional, a situação de São Paulo, do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Pernambuco, do Ceará, do Amazonas, enfim, passamos o Brasil em revista. A última convergência é que o presidente Lula considera que a melhor tática para enfrentar 2010 é um plebiscito", asseverou.

Disse que considera que essa é uma tática ruim, achamos que a melhor fórmula é o enfrentamento com duas candidaturas, uma delas do PSB, que me indica´´, afirmou Ciro."Como essa divergência de análise encontrou um solo em que nós temos uma sólida convergência, trabalhamos juntos, gostamos uns dos outros e não nos imaginamos em campos opostos em nenhuma circunstância, combinamos então examinar a realidade com mais frequência e decidir. A questão de São Paulo é uma variável importante disso tudo, é uma honra muito grande, mas eu não planejo isso, não desejo, nunca me preparei para isso. Mas aí fizeram um apelo para que eu não descartasse e eu disse ´está bom, concordo em não descartar e examino, dito que não desejo´, afirmou o deputado federal.

"Vou ter várias conversas com os políticos ao longo do próximo mês. Com o Lula não, que ele é muito ocupado, mas com outros políticos. Uma parte da decisão seria essa questão do domicílio eleitoral, que é uma imposição da lei, mas eu sou candidato a presidente da República´´, afirmou.

Ciro avalia também que a candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência seria benéfica para a disputa. "A candidatura da Marina revela a fragilidade da estratégia bipolar, porque acrescenta uma variável que não está no controle deste pacto de uma confrontação radicalizada PT, PSDB".

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