terça-feira, 11 de agosto de 2009

Escolas estaduais terão freqüência digitalizada

Investimento chega a R$ 5 milhões na compra dos aparelhos de leitura ótica. O processo de licitação está em curso.

O elevado índice de evasão escolar e o fraco rendimento dos alunos da rede pública de ensino levaram o Ministério da Educação (MEC) a determinar que todas as escolas do País serão obrigadas a informar ao pai e mãe ou responsável legal sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, além de apresentar a eles a proposta pedagógica da instituição. A medida, publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira, acrescenta um parágrafo ao Artigo 12 da Lei 9.394, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

A determinação é avaliada como positiva pelas coordenações pedagógicas das secretarias de Educação do Estado (Seduc) e do Município (SME). Como que antecipando a medida, os dois órgãos irão implantar projetos para maior controle na freqüência, visando melhorar o rendimento escolar.

O governo do Estado, anuncia a coordenadora pedagógica da Seduc, Conceição Ávila, iniciou processo de licitação para adquirir aparelhos de leitura ótica. Eles serão instalado até o fim do ano e começarão a funcionar, informa ela, a partir do primeiro semestre de 2010. Seu funcionamento é simples: ao entrar na escola, o aparelho lê a digital do aluno e registra sua presença. Para cada 150 alunos, haverá um equipamento.

Além de investir no controle da freqüência, ressalta Conceição Ávila, o Estado deverá ampliar o projeto Diretor de Turma. Atualmente, apenas as 51 escolas de ensino profissional — 12 em Fortaleza — contam com o programa.

Fortaleza

O coordenador de Ensino Fundamental e Médio da rede municipal, Arlino Araújo, elogia a medida do MEC e diz que a SME deverá implantar o projeto Observatório de Freqüência nas escolas de Fortaleza ainda este ano para se adequar à lei. “Se não fossem as paralisações com as graves, já poderíamos ter avançado mais na implantação do programa”.

A evasão escolar na rede municipal oscila entre 18% e 17% nos últimos anos. “É um índice muito elevado que precisamos reverter. Muitos pais não se interessam em saber como vão seus filhos na escola”.

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