A
educação infantil teve aumento de 22 mil inscrições, passando de 10.571 para
32.585, entre 2012 e 2013
O Ceará
registrou uma queda de, aproximadamente, 55 mil matrículas no ensino público,
em 2013. O número passou de 1.852.828 para 1.798.083, de acordo com dados
preliminares do Censo Escolar 2013, divulgados, ontem (23), pelo Ministério da
Educação (MEC). O gargalo deste ano foi o ensino fundamental, que contou com
uma redução de 42 mil matrículas.
Dados
preliminares do Censo Escolar 2013 do Ministério da Educação, divulgados ontem,
revelam ainda que o ensino médio sofreu uma queda de 5 mil alunos, passando de
378.462, em 2012, para 353.806, em 2013.
Já o
ensino médio sofreu uma queda de 5 mil alunos, passando de 378.462, em 2012,
para 353.806, em 2013. Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Estado possui
122.924. A surpresa deste ano no levantamento foi o aumento no número de
matrículas da educação infantil, no Estado, passando de 96.136, em 2012, para
272.311, em 2013.
Fortaleza
seguiu a mesma tendência de queda geral das matrículas, porém em um grau menor
no que se refere ao total. A diminuição foi de cerca de 10 mil em relação a
2012. O número de inscrições passou de 325.294 para 315.801, entre 2012 e 2013.
Do total
deste ano, 132.427 estão na rede estadual de ensino e 183.374 na rede
municipal, na capital cearense. Ainda na cidade de Fortaleza, 185.382 alunos
estão no ensino fundamental, modalidade que sofreu uma redução de 7 mil
estudantes. Em 2012, eram 192.468.
Na
contramão da tendência de diminuições, o ensino médio aumentou em quase 8 mil a
quantidade de matrículas, passando de 77.503, em 2012, para 85.105, em 2013. Já
na Educação de Jovens e Adultos (EJA), são 315.801 estudantes na Capital. Na
educação infantil, 32.585 crianças estão matriculadas. Esta modalidade
registrou um aumento de 22 mil matrículas em relação a 2012, ano que
contabilizou 10.571.
De acordo
com a coordenadora de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação
(SME), Luiza Brilhante, a atual gestão adotou uma política de investimento nas
creches e pré-escolas. "Somente neste ano, passamos a contar com mais
1.500 vagas". Até 2014, serão mais 16 mil ofertas com a construção de 91
centros de educação infantil. Três já foram inaugurados neste ano, e mais três
serão abertos ainda em 2013. "Daí o aumento no número de matrículas nas
creches e na pré-escola", aponta.
Não é de se estranhar a redução na quantidade de alunos inscritos na rede pública de ensino, de acordo com o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Idevaldo Bodião. Uma das explicações para parte dessa diminuição pode ser a transferência dos alunos para escolas particulares, muito em virtude de um esforço dos pais.
Não é de se estranhar a redução na quantidade de alunos inscritos na rede pública de ensino, de acordo com o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Idevaldo Bodião. Uma das explicações para parte dessa diminuição pode ser a transferência dos alunos para escolas particulares, muito em virtude de um esforço dos pais.
Outra
hipótese é que a redução da fertilidade das mulheres brasileiras, que hoje
costumam ter apenas dois filhos. "Devemos contar com a diminuição da
natalidade como causa para a queda no número de matrículas", diz.
O ensino
na faixa etária de 6 a 14 anos, o fundamental, já está praticamente
universalizado. Mas nos médio e infantil não é surpresa que o total de
matrículas diminua porque são modalidades ainda não universalizadas, conforme
observa o professor. No entanto, a partir de 2016, a faixa de 4 a 17 anos
precisa estar toda na escola. Portanto, uma redução daqui a três anos, sim,
será preocupante.
Inquietações
Sobre a situação geral, não cabem maiores inquietações, no ponto de vista de Bodião, a não ser que a diminuição de matrículas seja decorrente de mais crianças e jovens fora da escola.
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) preferiu não comentar os dados, em vista de a publicação ainda ser preliminar. O que deverá acontecer após a retificação da base final do documento. Segundo nota da Seduc, "o sistema Educacenso, do MEC, é reaberto para a conferência dos gestores municipais e estaduais. Assim, as escolas têm 30 dias para fazer as retificações (conferência e eventuais correções) nos dados que tenham sido informados".
Sobre a situação geral, não cabem maiores inquietações, no ponto de vista de Bodião, a não ser que a diminuição de matrículas seja decorrente de mais crianças e jovens fora da escola.
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) preferiu não comentar os dados, em vista de a publicação ainda ser preliminar. O que deverá acontecer após a retificação da base final do documento. Segundo nota da Seduc, "o sistema Educacenso, do MEC, é reaberto para a conferência dos gestores municipais e estaduais. Assim, as escolas têm 30 dias para fazer as retificações (conferência e eventuais correções) nos dados que tenham sido informados".
LINA MOSCOSO
REPÓRTER
Do Diário do Nordeste
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