Essa é da Coluna Política, do O POVO, assinada pelo jornalista Érico Firmo:
Quando há alternância entre ciclos políticos no poder central, essa
transição costuma se espalhar de forma mais lenta no Interior. Ao
ascender ao Governo do Estado, como regra, o grupo demora um pouco a se
consolidar como hegemônico também nos municípios Estado afora. O PSDB
perdeu o controle do governo cearense em 2006, mas se manteve como maior
partido, em número de prefeituras, na eleição de 2008.
O predomínio tucano no Interior não chegou ao fim como resultado de
derrotas eleitorais, mas de manobras de bastidor. Passado o pleito de
2010, parlamentares e gestores migraram em direção ao recém-criado PSD,
naquilo que o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, qualificou
como “ataque especulativo da família Gomes”. Referia-se ao respaldo dado
pelo clã que comanda o Palácio da Abolição às filiações em massa de
ex-tucanos à nova sigla. A era PSDB chegou ao fim, mas não se
estabeleceu, ainda, novo ciclo hegemônico nas prefeituras do Interior. A
maioria delas apoia o Governo do Estado, é verdade. Mas sempre foi
assim e é provável que sempre seja.
A questão é que, como consequência da partilha do poder estadual
entre diversas forças partidárias, não se conseguiu, até agora,
constituir predomínio claro de algum agrupamento. Talvez ocorra nestas
eleições, mas não é o que indicam as pesquisas. Os levantamentos
minimamente críveis já divulgados sobre as disputas Ceará afora indicam
que, para o partido do governador Cid Gomes (PSB), as perspectivas não
são as melhores.
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
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