No final da estação chuvosa de 2012, o
volume armazenado pelo Açude Várzea da Volta (Moraújo) que abastece parte dos
municípios de Coreaú e Moraújo não ultrapassou os 50% (entre os dias 21 e
24/04/2012). Com o prolongamento da seca até os primeiros meses de 2013, o seu
volume chega ao estado crítico, com apenas 18% (13/03/2013). Juntamente com o
açude de Martinópole (16%), o açude da Várzea da Volta possui os níveis mais
alarmantes na bacia hidrográfica do Rio Coreaú.
Os açudes localizados no município de Coreaú e
monitorados pela Cogerh estão com os seguintes volumes de água: açude Angicos,
29,7%; açude Diamante (Boqueirão), 49,3%, e; açude Trapiá III, 28,6%.
Os níveis alarmantes dos reservatórios e a péssima
qualidade das águas são indicadores da necessidade de se repensar a gestão dos
recursos hídricos, principalmente, no que concerne ao uso e ocupação das áreas
de preservação permanente dos açudes e dos rios e no aumento do tempo de
permanência da água no sistema solo-planta através de técnicas de conservação
do solo através da gestão dos recursos naturais e não somente do recurso água.
Além disso, é preciso desnaturalizar os velhos efeitos da seca, pois, se trata
um fenômeno climático recorrente. Não é novidade pra ninguém.
Francisco Nataniel
B. de Albuquerque
Professor do Instituto Federal da
Bahia/IFBA - Campus Eunápolis
Doutorando em
Geografia - UNESP/Rio Claro
Fonte: Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará
(Cogerh).
Publicação Equipe RM no
Foco
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