Mariana Tokarnia - Repórter da
Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
Em nova etapa, o Programa Ciência sem Fronteiras
deve oferecer mais 100 mil bolsas em instituições de ensino estrangeiras, de
2015 a 2018, de acordo com anúncio, hoje (25), da presidenta Dilma Rousseff.
Lançado em 2011, o programa tinha por meta a concessão de 101 mil bolsas - 75
mil bancadas pelo setor público e 26 mil por empresas privadas. Até o momento,
foram efetivadas 83.184 bolsas. De acordo com Dilma, a meta será cumprida com
as chamadas que serão lançadas em setembro deste ano. Hoje, foram assinadas 5,2
mil bolsas por empresas, das quais 5 mil pela Petrobras.
"Cada vez mais esse programa vai ter uma
interface com todos os demais programas de formação educacional e produção
científica e tecnológica do Brasil. Foi feito para garantir ao Brasil condições
de gerar, aqui, inovação", disse.
Ela destacou a importância do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) no contexto do programa, uma vez que para participar do
Ciência sem Fronteiras é preciso tirar no mínimo 600 pontos no exame.
"Essa é uma das portas dos caminhos abertos pelo Enem", ressaltou.
Para participar, é preciso também proficiência em uma segunda língua.
O ministro da Educação, Henrique Paim, apresentou
um balanço do programa, e disse que do total de bolsas ofertadas, 52% são nos
diferentes ramos de engenharia. "É um avanço para o país, que muitas vezes
não consegue avançar nessas áreas". O programa é desenvolvido pelo
Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação. O MEC distribui 65% das bolsas, via seleções da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Paim também destacou a contribuição dos
pesquisadores estrangeiros ao Brasil. "A vinda dos estudantes do exterior
nos mostrou que temos que avaliar e refletir em torno do nosso ensino superior.
Eles dão ênfase à parte prática, e este é um esforço que estamos fazendo".
O objetivo do programa é promover a mobilidade
internacional de estudantes e pesquisadores, e incentivar a visita de jovens
pesquisadores altamente qualificados e professores seniores ao Brasil. O
Ciência sem Fronteiras oferece bolsas, prioritariamente, nas áreas de ciências
exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da
saúde.
FONTE: Agência Brasil
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