segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Uma aliança sem parcerias


Na última segunda-feira (16), este colunista apresentou aqui argumentos segundo os quais a aliança entre a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e o governador do Estado, Cid Gomes (PSB), é apenas para fins eleitorais. Que, infelizmente, não se tem uma agenda administrativa mútua entre as duas maiores autoridades políticas do Ceará. E que, de parte a parte, não há nenhum esforço que isso mude.

A análise ecoou entre vários leitores/internautas que acompanham a Coluna. Alguns acrescentaram exemplos, reforçando a avaliação. Vamos a eles.

Transfor e Metrofor, do Município e do Estado, respectivamente. Prometem redimensionar o transporte público na Capital e parte da Região Metropolitana. São os dois maiores projetos de mobilidade urbana da história cearense. Há até um dia desses, não tinha havido uma reunião sequer entre os dois entes. Isso, com os dois megaempreendimentos em plena execução.

A ação da Prefeitura para tentar melhorar o asfalto na Cidade e a atuação da Cagece também foi lembrada pelos leitores. Não é raro encontrar alguém reclamando da falta de sintonia, que resulta em asfalto novinho sendo rasgado pela companhia de água.

Copa do Mundo de 2014. O PV, que substitui o Castelão, em reforma, é entregue sem a presença de Cid. Já o governador recebe uma comitiva de alto nível da Fifa, no Castelão, e Luizianne lá não pisa. Nesse ponto, é preciso dizer que é Fortaleza a cidade subsede. Não é o Ceará.

Se partirmos para inaugurações na Capital, tanto do Estado, que tem forte atuação, quanto da Prefeitura, a lista de “cada um na sua” é imensa. É um isolamento que só se explica pela linha do limite da tolerância.

Para finalizar, lembram do principal bordão da prefeita/candidata à reeleição em 2008? “Fortaleza três vezes mais forte”. Era uma referência ao alinhamento com os governos do Estado e Federal. Sem comentários.

(Coluna Política / O POVO)

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