O futuro dos professores da rede estadual, em greve há 63 dias, pode ser definido nesta sexta-feira (7), em assembleia geral da categoria, quando eles deverão decidir pela continuidade ou não da greve. Em protesto pelo cumprimento da Lei Federal do Piso Salarial e pela implantação do plano de cargos e carreiras, desde 5 de agosto a os docentes decidiram paralisar as atividades.
Nesta quinta-feira (6), professores que integram o comando de greve e membros do governo fizeram a última tentativa de acordo antes da assembleia que definirá os rumos da greve que paralisou as aulas em boa parte das escolas do Estado. O encontro começou a tarde e varou a noite, não sendo apresentado nenhum resultado da negociação até o fechamento desta página.
Durante o encontro, nos corredores internos do Palácio da Abolição, ecoavam os gritos dos professores, que protestavam do lado de fora da sede do Governo do Estado. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 manifestantes promoveram um ato paralelo à reunião, do lado de fora da Casa. Puxados pela banda de fanfarra da Escola Antonieta Siqueira, os docentes promoviam um apitaço e aguardavam pelo resultado da reunião, sem saber o que se passava do lado de dentro.
Com uma hora de atraso, a reunião teve início às 16 horas, quando o chefe de gabinete do Governo, Ivo Gomes (PSB), e a secretária da Educação, Izolda Cela, receberam o Comando de Greve.
Negociação sem fim
Essa foi mais uma negociação de tantas outras que não surtiram efeito até o momento. Nem Governo nem professores grevistas cedem em nenhum ponto. O Palácio da Abolição afirma que está disposto a apresentar novas propostas, desde que a categoria encerre a greve. Os docentes, por sua vez, afirmam que só acabam com a paralisação quando o Governo apresentar uma proposta que realmente valorize a categoria. Impasse que deixa milhares de alunos fora de aula e deverá prejudicar o desempenho deles no próximo Exame Nacional do Ensino Médio, que acontece nos dias 22 e 23 de outubro.
Na última quinta-feira, o conselho estadual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) chegou a apresentar uma proposta que seria um meio termo entre o que exige os professores e o que oferece o Governo. A categoria não gostou e o Executivo disse que negociará os novos valores caso a greve se encerre hoje.
(O POVO)
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