sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

NEM O PASSADO COMO ERA, NEM O PRESENTE COMO ESTÁ!

Os doutores inauguram as obras. Outros aplaudem. Os apaniguados riem, bobamente! E eu fico a imaginar nas décadas e décadas em que a população ficou a sofrer, a reclamar, a espernear, a gritar, esbaforidamente por uma melhoria, nem que fosse pequena. Muita poeira foi comida naquela carroçável dos meus tempos de menino. Muita madeira foi enterrada nos atoleiros dos caminhões e automóveis. Muita gente gemeu suas dores à margem da estrada do infortúnio! Muitas combucas fizeram as vezes de barco nos rios da região, inclusive com doentes segurando em suas bordas (quando não, anjos mortos pela total ausência do Estado)! Cheguei a presenciar filas e filas de crianças mortas, na região em que morava. E agora querem que eu aplauda com todo o ufanismo as obras que fazem parte dos 10% do que deveriam fazer os grandes senhores? Reconhecer o valor de uma ou outra obra, não é demérito! Faço isso, com prazer! Mas com os olhos no retrovisor! O aplauso fácil, aqui não terão!

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