sábado, 24 de setembro de 2011

COM LICENÇA, PALMAS PARA A PALMA...!


Na singularidade desta festiva data, saudemos a velha Palma, a nossa Coreaú, com uma vibrante salva de palmas pelo transcurso dos seus 141 anos de emancipação política.
Com a brisa matinal, ao resplandecer da aurora, em tom semelhante a uma cívica clarinada, o gorjear da passarada irrompeu nos arredores da gentil comuna palmense, anunciando o venturoso dia 24 de setembro de 2011. Entretanto, a falta de motivação para celebrar tão grata efeméride fez a população reagir com acentuada indiferença à sonora alvorada. A cidade e o município, diante do marasmo institucional em que se encontram, ressentem-se da necessária ufania para bem comemorar a data maior da municipalidade coreauense.
No pleito eleitoral municipal passado, elegantes e contundentes termos foram proclamados e apropriados, configurando-se como meros ornatos de discursos de campanha. Que vocábulos bonitos, mas... Que pomposas erudições, porém... Que refinadas alocuções, todavia... As idéias inovadoras sumiram... Passaram à margem do tempo: a ousadia e a coragem de romper com o carcomido modelo administrativo que, por décadas, vem atrofiando o progresso de Coreaú. As boas intenções viraram fumaça. A renovação de estilo sucumbiu diante das vetustas práticas. O entusiasmo submergiu nas águas ralas da inoperância. O sonho não sonhado dissipou-se na visão onírica da empolgação.
Um novo certame eleitoral municipal já se aproxima com a celeridade do tempo. Nada de importante que mereça um significativo registro para a história, até o momento presente, foi produzido. Palavras, só palavras..., som na praça, desenxabida retórica e shows alienantes. O séquito prossegue na pisada de muitos tempos. “Tudo é vento que passa...” A memória é curta. A visão parece turva. O insólito costume, a cada dia, se fortalece. Nesta conjuntura, velha Palma, o teu futuro parece comprometido. Ah! Quanta tristeza querida Palma...! Palma nossa e de todos aqueles que te amam verdadeiramente e sonham com o teu desenvolvimento, um dia tu serás novamente altiva e graciosa como outrora. Para tanto, urge diligência, compromisso e determinação.
Apliquemos, aqui, a divisa expressa no dístico latino: Civitatis fortuna cives = Os cidadãos são a sorte da cidade”, ou melhor: “a sorte da cidade depende dos cidadãos”. É verdade, o progresso de uma comunidade é diretamente proporcional aos esforços de sua gente. Somente o povo no exercício pleno da cidadania, tendo como suporte o voto consciente, pode mudar esta ignóbil situação que tanto tem diminuído nossos brios e relegado nossa urbe ao passo miúdo do atraso.
Coreauenses, avante em harmonia! A História é filha do tempo e da memória... Que Deus seja louvado! Que nossa Coreaú seja respeitada e amada por seus filhos!

Sobral, 24 de setembro de 2011
Leonardo Pildas

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