segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O PROFESSOR E A GREVE

Nós, professores, carregamos conosco uma grande responsabilidade, posto que lecionar, reger salas de aulas, requer, além de conhecimentos técnicos, uma série de habilidades outras.

É, então, uma profissão difícil, principalmente nos dias de hoje, num contexto social sobrecarregado de intempéries, como a violência, drogadição juvenil e demais mazelas filhotas da desigualdade social, estas, por seu turno, originárias do Capitalismo.

Uma educação pública de qualidade começa com a valorização efetiva do professor, não só no aspecto remuneratório, mas, sobretudo, no sociológico, além do que o Poder Público deve tomar providências para reduzir as diferenças socioeconômicas do alunado e de sua família.

No Brasil não existe professor da Educação Básica (do Ensino Fundamental ao Ensino Médio) satisfeito com o que ganha, porque realmente percebe pouco mensalmente, principalmente no Ceará, motivo pelo qual foi deflagrada a greve na semana passada.

Dificilmente encontramos um aluno filho de rico ou de classe média alta na educação pública básica.

Se mostrássemos nossos extratos de pagamento, pelo que recebemos como professor, causaria espanto a muita gente, dada a pequenez do salário.

Não queremos ganhar uma dinheirama, queremos que apenas seja aplicada a devida e necessária proporcionalidade pelo trabalho que realizamos.


FERNANDO MACHADO ALBUQUERQUE
Professor do Ensino Médio
(Lotado na Escola de Ensino Médio Vilebado Aguiar em Coreaú-CE)

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