terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Inverno rigoroso na Europa tem relação com aquecimento global

De acordo com cientistas, embora pareçam contraditórios dois eventos estão conectados.


Nevasca na Europa começou alguns dias antes do primeiro dia de inverno no Hemisfério Norte

O mundo está ficando mais quente e enquanto isso uma nevasca incomum cancela voos na Europa poucos dias antes de o inverno começar no Hemisfério Norte. De acordo com cientistas, embora os dois eventos pareçam contraditórios, eles estão relacionados, na verdade.

Segundo cientistas, o aquecimento global com caráter mais vigoroso no Ártico pode levar a invernos mais frios e com mais nevascas em latitudes médias do Norte. Isto porque o aquecimento do Ártico mudaria os padrões de vento e circulação atmosférica, o que permitiria que o ar mais frio escoasse para a Europa e os Estados Unidos.

Explicando desde o começo, o Ártico sofre mais consequências com o aquecimento global, pois o derretimento de gelo marinho no Ártico ajuda a acelerar o aumento das temperaturas. É o chamado efeito albedo. O branco do gelo reflete a luz solar para o espaço e resfria o ar. O contrário acontece quando o gelo é substituído pela água escura do mar e mais calor solar é absorvido.

Esta não é a única teoria para o inverno rigoroso na Europa estar conectado com o aquecimento global. Em matéria publicada no site da revista Time, Judah Cohen, diretor da empresa de pesquisas ambientais ERA, afirma que o aumento na cobertura de neve na Sibéria pode ser o responsável pelo inverno extremo na Europa. De acordo com a matéria, mesmo que o planeta continue a aquecer e o Ártico a derreter, a cobertura de neve sazonal cresceu na Sibéria e na alta cordilheira da Ásia, como o Himalaia.

Cohen explica que com o aquecimento global, a atmosfera retém mais umidade, o que provoca mais chuvas, no geral. Na Sibéria, a precipitação caiu na forma de neve tornando o ar mais frio perto das montanhas. O aumento do gelo traz mais frio para o Sul do Ártico, em regiões dos EUA e da Europa.

De uma forma ou de outra, o fato é que mesmo com a nevasca na Europa, as médias globais de temperatura continuam a subir.

Fonte: IG São Paulo.

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