Apesar de discutida nos bastidores há meses, a tramitação oficial se deu a “toque de caixa”. A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados se reuniu pela manhã, aprovou a urgência do tema (279 votos favoráveis, 35 contra e 3 abstenções), depois simbolicamente aprovaram a matéria em si no início da tarde. De lá, ela já foi encaminhada ao Senado, onde os senadores a apreciaram no mesmo dia.
O projeto pretende equiparar os salários do Executivo e do Legislativo ao do Judiciário. Os vencimentos dos deputados e senadores terão um reajuste de 61,8%, atualmente em R$ 16,5 mil. Já para o presidente da República e para o vice, o reajuste é de 133,9% em relação ao atual salário de R$ 11,4 mil; os ministros recebem hoje R$ 10,7 mil.
Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%.
A senadora Marina Silva (PV-AC) e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentaram suas manifestações contrárias à proposta. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que o reajuste deveria ser acompanhado da redução da verba indenizatória –que, na prática, torna os vencimentos dos parlamentares ainda maiores, por bancar gastos com gasolina, passagens aéreas e outros.
A parlamentar do PV seguiu a sugestão do PSOL de que o incremento salarial fosse equivalente apenas ao aumento da inflação nos últimos três anos – data em que houve o último reajuste.”
Fonte: (Portal Uol).
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