"Enquanto os professores não tiverem um salário decente, o caos na educação continuará. Que incentivo tem um jovem ao escolher o magistério, visto que as condições de trabalho são as piores possíveis, além dos baixos salários e da carga de trabalho incompatível com a realidade? Enquanto o governo finge que remunera seus professores, os pais dos alunos buscam cada vez mais escolas cujos professores tenham uma formação adequada. Segundo Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios, ‘os professores precisam ganhar bem, mas o entrave é saber quem vai pagar a conta’. Todos os anos a mesma discussão toma conta da pauta. Não existe por parte dos governos nenhum interesse em investir em educação, pois o montante destinado a educação nem sempre é usado, e na maioria das vezes é desviado para outros setores. Um País que tem a mais alta carga tributária, vive choramingando na hora de destinar recursos para a educação. A cantilena é sempre a mesma nos Estados e municípios, que também recolhem altos impostos, mas nunca têm dinheiro quando o assunto é educação. O único momento em que a educação é lembrada é durante as campanhas eleitorais, depois o assunto morre e, a depender da vontade do Congresso, a sociedade pode esquecer, pois no Brasil a educação nunca foi nem será prioridade. Nossos governantes aprenderam que é melhor governar para um povo que não pensa, não cobra nada e não se importa com a cultura, deixando suas crianças serem adotadas pelos traficantes. Brasil, país dos Tiriricas."
Fonte: TEXTO PUBLICADO NO JORNAL O ESTADÃO.
domingo, 5 de dezembro de 2010
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